segunda-feira, 27 de julho de 2009

COMO TRATAR BARACK OBAMA?

Por: Jorge Marcio*
Uma pergunta certamente vem rondando a cabeça de muitos dirigentes da mídia burguesa, desde a posse do atual presidente dos EUA, e tal pergunta, ganhou força nos últimos dias, ganhando as proporções de um incômodo grilo, que não para de fazer barulho dia e noite:

Como tratar um presidente dos EUA, que eles tratariam da melhor maneira possível, se fosse branco? O ´´problema`` é que ele é negro, queiram ou não, é muçulmano, já fez diversos elogios públicos à Lula, chamou-o de ´´o cara`` e já se declarou um fã do presidente brasileiro, para a mídia burguesa, um absurdo total... Obama, já tentou se aproximar do Irã e de Hugo Chávez, dois declarados desafetos dos EUA.

Mas este homem é o presidente do país amado pela mídia burguesa... Mas é negro...

Então oque fazer? Como tratá-lo perante a opinião pública? Tratá-lo bem ou mal? Esta é a pergunta que se fazem diariamente.

Barack Hussein Obama herdou uma batata quentíssima. Tirar da lama, o baluarte do Capitalismo, país onde o consumismo é lei, onde trocar de carros constantemente é uma cultura enraizada e onde viajar nas férias é um ato quase religioso. Tudo isso significa gastar dinheiro, mas como gastar oque não se tem?

Barack Hussein Obama: Não há sequer uma palavra em inglês no nome do ´´homem mais poderoso do mundo.`` Todo seu nome é árabe, consequência da religião seguida por boa parte de sua família. Árabe, a mesma língua que Obama usou, ao fazer a saudação muçulmana, quando palestrou para docentes e dicentes na Universidade do Cairo, no Egito, país africano, de grande concentração muçulmana. ´´Salam Aleikum``, ou seja, ´´Que a paz esteja convosco``, disse Obama para a atenta platéia.

Jogou pra galera? Não. Obama estava ´´em casa``. Cada passo seu é rigorosamente vigiado de perto. Cada palavra proferida, cada discurso, cada gesto, é fotografado, gravado e comentado exaustivamente.

Quando das eleições estadunidenses, os eleitores deste país se encontravam numa encrusilhada: Em quem votar? Em John McCain? Fora de cogitação, pois que este senhor representa a continuação do Governo de George Walker Bush, o cara que destrui de vez a imagem estadunidense no exterior, cuspiu na cara da ONU, destruiu o Iraque, invadiu o Afeganistão, colocou Irã, Líbia, Coréia do Norte e até Cuba, pasmem, no famigerado ´´Eixo do Mal`` acusando esses países de colaborarem com o terrorismo. Além disso, pôs em frangalhos nossa ´´sólida economia`` com suas desastradas ações militares, que custou bilhões e bilhões ao ´´Congresso``. Como se não bastasse, Bush, viu muitos de seus aliados darem-lhe as costas, quando fracassou a invasão ao Iraque, deixando-o sozinho pra pagar a conta.

Conta que será cobrada, não há a menor dúvida. Mas todos os envolvidos pagarão.

Votar em Hilary? Bem ela é mulher do ex presidente Clinton, aquele que deixou a economia num bom patamar, mas ela é mulher, será que vale a pena ser governado por uma mulher? Nunca tivemos uma mulher no poder...

Bem, restou Obama. Aquele negro? Dizem que ele é muçulmano, pensaram os estadunidenses. Será que ele é um agente da Al Qaeda infiltrado? Bem ele é bonitão, tem o dom da oratória, tem postura de político, ´´corpo bonito``, não é velho como McCain e é um homem, diferente de Hilary, mas ele é negro... Putz que enrascada, como saír dessa sinuca de bico?

O Capitalismo produziu Obama. A forte concentração de renda, os caros serviços públicos, todos ou quase todos privatizados, a consequente má distribuição de renda, o flagelo dos negros, dos latinos, dos asiáticos. O enorme contingente de pessoas no corredor da morte, que geralmente fazem parte desse grupo de excluídos, tudo isso produziu Obama, soma-se a isso a péssima imagem do país no exterior, sendo odiado ao extremo por europeus, latinos, asiáticos e ainda mais pela parte da Ásia conhecida como Oriente Médio, onde concentram-se muitos muçulmanos, que viram sua religião ser destruída por mentiras infundadas, associado qualquer muçulmano ao terrorismo e fazendo do Corão, o livro sagrado do Islã, um ´´manual para terroristas``.

Obama, prefere o diálogo, prefere a aproximação, quis conversar com o Irã, participou da Cúpula das Américas, não como protagonista, mas como mais um integrante, quer voltar a se relacionar com Cuba, pensa verdadeiramente em levantar o famigerado embargo econômico de 47 anos, e ontem teve uma reação digna de um negro estadunidense, que se viu muitas vezes diante da polícia racista, que espanca primeiro, prende, mata ´´quando necessário`` e só pergunta depois, se for conveniente.

Segundo Obama, ´´a polícia de Cambridge agiu estupidamente ao prender alguém que já tinha provado que estava na própria casa.`` Ao ver o professor Henry Jr. algemado. Este senhor é diretor do Instituto de Pesquisa Afro-Americana da Universidade de Harvard, uma das mais conceituadas do mundo. Este homem é negro.

Segundo o professor, ao voltar de uma viagem ele encontrou a porta de sua casa emperrada e tentou abri-la à força, uma vizinha, pensou que fosse um ladrão e chamou a polícia, ela provavelmente não está acostumada a ver negros, morando em bairros de classe média... Talvez, se fosse o Fábio Assunção ou o Rodrigo Santoro...

Ainda segundo o professor, ele provou que morava na casa, mostrou o documento da universidade,mas não adiantou. Foi preso, fichado, fotografado e depois liberado. Ainda que a acusão tenha sido retirada, jornais do mundo inteiro, criaram polêmica, com a postura de Barack Hussein Obama, que disse: ´´Há nesse país uma longa história de negros e latinos sendo parados pela polícia de forma desproporcional.``

Os policiais que efeturam a prisão, são brancos.

Obama criou para si uma imagem ruim perante a mídia burguesa. Controlada por brancos no mundo inteiro, brancos ricos, que não engolem o fato de um presidente negro, estar ocupando a Casa Branca, provavelmente aquele não é um lugar para negros.

O episódio, foi uma síntese de como a mídia burguesa vê Barack Hussein Obama: Com desconfiança, pois que ele já mostrou, que em muitos aspectos é diferente dos antecessores, não só no que diz respeito ao tom de pele, mas também nas atitudes espontâneas.

Recentes ´´pesquisas`` de opinião, lá também tem isso... indicam um ´´queda de popularidade de Obama``, seria o indício de uma queda mesmo? Afinal ele até agora, só se mostrou um cara com personalidade própria.

Como tratar Barack Hussein Obama? O grilinho chato, não pára de fazer barulho e incomodar.

Paz para todos (*Prof. de História da AMV Associação Mangueira Vestibulares)

domingo, 26 de julho de 2009

Vítima de racismo

Nesta semana mais uma vez percebi uma vez que nós mulheres negras, em sua grande maioria pobre, continuam passando por varias situações de racismo, discriminação, preconceito, descaso, abandono , violência doméstica , e com todos esses pontos mencionados , vejo o quanto estamos presas a tudo isso, as vezes como ré, outras como vitimas, e poucas vezes a que temos que perceber e tentar sair deste lugar.
Nesta semana uma jovem de 27 anos (Jaque), morreu de infecção que se generalizou por mau atendimento, más condições de vida, por ser negra, vítima de violência doméstica, pobre e excluída socialmente.

sábado, 18 de julho de 2009

Mandela 67 minutos de doação

91 anos Aniversário de Nelson Mandela é comemorado com doações na África do Sul

JOHANESBURGO - O 91º aniversário de Nelson Mandela, ícone da luta contra a segregação racial na África do Sul, foi comemorado no país com doações e trabalhos voluntários. Mandela pediu que a população realizasse boas ações neste sábado, o primeiro Dia de Mandela, que fundações beneficentes esperam que seja institucionalizado.
O líder político passou o aniversário ao lado de sua mulher, Graça Machel, em Johannesburgo. Ainda neste sábado, um show será realizado em Nova York com a participação de artistas como Stevie Wonder, Alicia Keys e Aretha Franklin.
Mandela deixou a presidência depois de cumprir mandato como o primeiro presidente negro da África do Sul. Desde 1999, vem se dedicando a causas como a luta contra a AIDS e a pobreza, além da defesa dos direitos da criança e do adolescente. Serviço comunitário para homenagear 67 anos de luta contra o apartheid
Na África do Sul, os organizadores do Dia de Mandela pediram que a população dedicasse ao menos um minuto de serviço comunitário para cada um dos 67 anos em que Mandela fez campanha contra o "apartheid". Os voluntários angariaram roupas para crianças pobres, pintaram escolas, restauraram um centro para vítimas de incêndios e plantaram árvores perto da casa onde Mandela passou sua juventude.

Luz e Sombra!!!!